O LUPANAR

Ah! Por que monstruosíssimo motivo
Prenderam para sempre, nesta rede,

Dentro do ângulo diedro da parede,
A alma do homem polígamo e lascivo?!
Este lugar, moços do mundo, vede:

É o grande bebedouro coletivo,
Onde os bandalhos, como um gado vivo,

Todas as noites, vêm matar a sede!
É o afrodístico leito do hetairismo,

A antecâmara lúbrica do abismo,
Em que é mister que o gênero humano entre,
Quando a promiscuidade aterradora
Matar a última força geradora

E comer o último óvulo do ventre!