ULTIMO CREDO

Como ama o homem adúltero o adultério

E o ébrio a garrafa tóxica de rum,
Amo o coveiro -este ladrão comum

Que arrasta a gente para o cemitério!
É o transcendentalíssimo mistério!

É o nous, é o pneuma, é o ego sum qui sum,
É a morte, é esse danado número Um

Que matou Cristo e que matou Tibério!
Creio, como o filósofo mais crente,

Na generalidade decrescente
Com que a substância cósmica evolui...
Creio, perante a evolução imensa,
Que o homem universal de amanhã vença

O homem particular que eu ontem fui!