A UM CARNEIRO MORTO

Misericordiosíssimo carneiro

Esquartejado, a maldição de Pio
Décimo caia em teu algoz sombrio

E em todo aquele que for seu herdeiro!
Maldito seja o mercador vadio

Que te vender as carnes por dinheiro,
Pois, tua lã aquece o mundo inteiro

E guarda as carnes dos que estão com frio!
Quando a faca rangeu no teu pescoço,

Ao monstro que espremeu teu sangue grosso
Teus olhos -fontes de perdão -perdoaram!
Oh! tu que no Perdão eu simbolizo,
Se fosses Deus, no Dia de Juízo,

Talvez perdoasses os que te mataram!